Assunto: Primeiras impressões de “God of War 3” 26/09/09, 11:28 pm
Por Bruno Vasone, de Tóquio 26.09.2009
Desde seu anúncio inaugural, “God of War 3” foi visto como o jogo que traria o Playstation 3 de volta à guerra dos consoles, arrebanhando legiões de games. Pois após testar o game durante a Tokyo Game Show 2009, nessa sexta-feira, ficamos com algumas ressalvas. Não nos leve a mal: “GoW 3” tem tudo pra ser épico, fechando com chave de ouro a trilogia de Kratos contra titãs e deuses do Olimpo. E claro, seu apelo comercial é avassalador, tendo a série já provado seu valor em suas duas primeiras instaurações. Visualmente, porém, “God of War 3” – pelo menos na versão demonstrativa mostrada durante a TGS – deixa muito a desejar. Gráficos serrilhados, contraste absolutamente exagerado e glitches de texturas vão contra a “pintura trazida à vida” que nos foi prometida pela Sony meses atrás. Da mesma maneira, os inimigos quando mortos jorram sangue suficiente para abastecer um banco de sangue por gerações. No entanto, seu visual parece plastificado de tão brilhante, o que nos faz ponderar que talvez fosse melhor pintar tudo de preto mesmo. Após batalhas mais brutais, Kratos deixa uma trilha de sangue por alguns passos, e seu corpo fica coberto de sangue. Boa parte da decepção se deve ao fato dos dois primeiros “God of War” terem sido lançados no final do ciclo do Playstation 2, e levarem a capacidade gráfica do console ao limite. “God of War 3”, porém, está sendo desenvolvido no que pode ser previsto como a meia-idade dessa geração de consoles, e queira ou não concorre em termos gráficos com títulos muito mais impressionantes como “Final Fantasy XIII” e “Uncharted 2”. Aparte os gráficos, “God of War 3” mantém as características que fizeram da série um clássico: jogabilidade fluída e visceral, sequências de ação cinemática envolventes e é coroado com uma história que promete atribuir novo significado à palavra “épico”. As sequências de ação em particular foram sabiamente reestruturadas: a indicação dos botões que devem ser apertados para dar continuidade ao combo visual encontram-se nas extremidades da tela, de acordo com o mapa do joystick – o triângulo, por exemplo, aparece no topo, enquanto o quadrado é posicionado na lateral esquerda – liberando a atenção do jogador para acompanhar a sequência de ação que toma lugar no centro da tela. O combate segue a mesma linha dos últimos jogos, com a adição de algumas novas mecânicas e armas, como o Cestus, um par de manoplas no formato de cabeças de leões. A maior capacidade de processamento do console de nova geração permite a presença de hordas de inimigos na tela, que tendem a fazer um montinho sobre Kratos sempre que possível – do qual para se livrar basta girar o analógico. Já agarrar um dos inimigos e apertar quadrado permite brincar de futebol americano e literalmente atropelar o resto da horda. Brutalmente recompensador, como esperado. O demo também apresentava três inimigos de grande porte: um centauro, uma espécie de chimera – que com suas três fases pode ser considerada praticamente um chefe intermediário – e um ciclope abestalhado, o qual pode ser cavalgado para atacar outros inimigos. Harpias também estão presentes, e atacá-las pulando de uma a outra é necessário para atravessar abismos e atingir plataformas mais altas. Além deste recurso, Kratos também conta com as belíssimas asas de Ícarus para planar sobre o terreno.
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